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Review.: Nossas impressões sobre StarCraft 2: Heart of the Swarm!


Depois de vários anos de espera, a tão aguardada primeira expansão de StarCraft 2 finalmente foi lançada e já se encontra disponível para aquisição desde o início de março. Como todo bom fã dos jogos da Blizzard Entertainment, eu não via a hora de colocar as mãos em uma cópia de StarCraft 2: Heart of the Swarm para que nós do RN pudéssemos passar para vocês as nossas impressões sobre o jogo! Desde já, agradecemos à Blizzard e ao seu Gerente de Imprensa e Licenciamento no Brasil, Andre de Abreu, por terem nos disponibilizado uma cópia do jogo para a elaboração deste review!

Observações importantes

Revisamos muito este review para que ele não contivesse spoilers que pudessem estragar algumas surpresas do jogo, mas uma coisa ou outra sempre passa despercebida e não garantimos que o review seja 100 % livre de spoilers (spoilers free). Portanto, considerem-se avisados e vamos nessa! ;-)

História

Antes de começarmos o review, vou fazer uma pequena introdução da história do jogo. StarCraft 2: Heart of the Swarm basicamente conta a história de Sarah Kerrigan, uma antiga parceira e grande amor do protagonista Jim Raynor (James Raynor) - velho conhecido dos fãs da franquia StarCraft -, que foi resgatada por Jim depois de uma batalha sangrenta contra os Zergs, só que parte dela morreu naquela batalha e o sangue Zerg passou a correr em suas veias. Achada desacordada por Jim, Sarah foi levada ao QG dos terranos para que fosse monitorada e tratada de seus ferimentos; foi aí que os cientistas terranos descobriram que Sarah tinha uma conexão extremamente forte com os Zergs e a isolaram em um laboratório para que fossem feitos testes com ela assim que recobrasse sua consciência.

Um pouco antes de acordar, Sarah tem um sonho, uma visão, de que ela era a rainha do enxame Zerg, THE SWARM ou Rainha das Lâminas, mas não se lembra de nada ao acordar. Este pedaço da história pode ser visto no cinematic de abertura do jogo, o qual foi liberado pela Blizzard em janeiro deste ano.
A partir daí, Sarah passa por vários testes no QG dos terranos e aos poucos vai recuperando a memória, o que, no final, acaba não sendo muito bacana para os humanos já que o seu lado Zerg começa a falar mais alto.

Ao longo do jogo, vocês vão perceber que a grande maioria das ações executadas por Sarah Kerrigan são deveras emotivas, impulsivas e motivadas por vingança, e que o fator principal do enredo acaba sendo um pouco infantil (vocês vão entender essa afirmação quando estiverem lá pela 4ª missão). Metade humana, metade Zerg, Sarah começa a avaliar a possibilidade de realmente se tornar a Rainha das Lâminas e aí que o jogo começa de verdade!

Dublagem e tradução

Para este review, utilizamos a versão de StarCraft 2: Heart of the Swarm regionalizada em Português do Brasil e a tradução, de certa forma, agradou. Apesar das falas da versão em inglês serem muito mais bacanas, as vozes da dublagem em PT-BR combinam muito com os personagens que aparecem no jogo, algo que é muito importante para a experiência do jogador. Quantas vezes já não assistimos filmes dublados que na hora pensamos: minha nossa, essa voz não tem nada a ver com a voz do ator! Isso acaba estragando o filme e mesmo que você não entenda nada de Inglês, por exemplo, acaba apertando a tecla SAP. Em StarCraft 2: Heart of the Swarm isso não acontece, felizmente!

No entanto, nem tudo são flores e isso pode ser dito, no geral, de todos os jogos adaptados para PT-BR! O português falado muito corretamente e as traduções, de certa forma, literais, tornam alguns diálogos e falas um tanto quanto forçados. Em uma conversa de bar, por exemplo, ninguém fala que "necessita ir ao toalete" e sim "vai ao banheiro"; nunca participei de uma guerra, graças a Deus, mas acredito que nela seja a mesma coisa e falas como "vamos atacar os nossos inimigos" ou "acabem com eles" poderiam muito bem ser alteradas para "ATACAR" e "destruam todos"! Precisa ter palavrões? Não, mas as falas devem ser mais coloquiais, ou seja, devem refletir o jeito que a população brasileira fala de verdade e não como a gramática diz que deve ser.

Aspectos gerais

Máquina utilizada e configurações gráficas

Para a elaboração deste review, as configurações gráficas foram "setadas" automaticamente pelo sistema para o nível ULTRA, ou seja, todas as opções foram colocadas no máximo. Em termos de hardware, a máquina utilizada possui a seguinte configuração principal:
  • Processador Intel Core i7-3770K (Ivy Bridge)
  • Placa mãe ASUS P8Z68-Deluxe
  • Placa de vídeo ASUS GeForce GTX 560 Ti DC2
  • 16 GB de memória RAM DDR3 Corsair Vengeance
Com ela, conseguimos uma média de 55 - 60 FPS durante os picos de batalha, ou seja, com a tela lotada de unidades. A essa taxa, o jogo flui liso, sem oscilações e os movimentos do mapa, por mais rápidos que sejam, são executados de forma suave.

Tela inicial

Tela inicial do jogo (logo após a realização do login na B.Net)
Após fazer o login na Battle.Net, de cara o jogador é presenteado com um fundo de tela animado muito bacana onde Sarah Kerrigan mostra seus poderes telecinéticos (o fundo de tela pode ser alterado nas configurações do jogo). Os menus iniciais ficaram melhores, mais bem organizados na tela e os quadros de informações também ficaram melhor organizados (aqueles que mostram notícias etc).

Gráficos


No geral, o jogo continua com gráficos fantásticos e o nível de detalhes impressiona. Quem possui uma máquina capaz de rodar o jogo com as configurações no máximo, PRECISA dar um mega zoom no mapa durante uma batalha. Sério, vale muito a pena! É claro que quem não possui uma máquina tão boa também pode dar um zoom máximo no jogo, mas muitas vezes isso pode ocasionar uma queda razoável de FPS o que é, de certa forma, bem normal (até porque quanto mais detalhes, mais a GPU vai trabalhar para renderizá-los).

Além disso, pela experiência que tivemos com o jogo, pudemos perceber que o HotS passou um processo de otimização e seus gráficos estão um pouco mais leves; isso permite que mesmo aqueles que não possuem placas de vídeo tão potentes possam aproveitar melhor o jogo, graficamente falando.

Sistema de marcação no mapa

Não me recordo se o ponto de clique, aquela marcação que aparece no mapa quando se clica com o botão direito do mouse para mover unidades, passou a ficar permanentemente marcado no terreno com a última atualização do SC 2, só sei que isso acontece no HotS e é algo que acho extremamente útil. É bem verdade que nós, jogadores, temos o costume de pressionar os botões do mouse freneticamente - principalmente quando jogamos RPGs ou jogos de estratégia - como forma de nos assegurarmos que mandamos as unidades se moverem para o lugar certo, mas ver o ponto de clique marcado permanentemente no terreno do mapa ajuda bastante!

Vídeos entre missões

Assim como no SC 2, diversos vídeos que mostram o desenrolar da trama do jogo, com interações entre os seus personagens principais, são apresentados entre as missões, mas aqui infelizmente há um ponto fraco: a qualidade desses vídeos. Não sei se a Blizzard fez isso para diminuir o tamanho do jogo, mas a verdade é que os vídeos estão bem pixelados, feios, como se estivessem sendo reproduzidos em baixa qualidade. Para aqueles que não estão entendendo o meu ponto de vista, basta acessar um vídeo FULL HD qualquer no YouTube e em seguida alterar a qualidade para 240p ou 360p; fazendo isso, vocês vão ver perceber a diferença. No entanto, este "probleminha" é bem fácil de ser resolvido, bastando uma atualização do jogo. Acreditamos que a atualização valha a pena, pois os bons gráficos do jogo não podem ser apagados por uma baixa qualidade dos vídeos cinemáticos. Além disso, o que é 1 ou 2 GB a mais no tamanho de um jogo que tem quase 6 GB, não é mesmo?

Sons e Músicas

As trilhas e quaisquer efeitos sonoros dos jogos da Blizzard são fantásticos e com o HotS não poderia ser diferente. Muitos preferem deixar a música no modo "mudo" e jogar apenas com os sons de explosões, ataques e comandos, mas nós não. Se a trilha sonora existe, porque deixá-la desativada? A trilha sonora combina muito com o jogo, não atrapalha a concentração do jogador (é só deixar em um volume razoável) e vale a pena jogar com ela no fundo. Nosso sistema de som 5.1 conseguiu captar bem o surround do aúdio do jogo e a sensação que se tem é de imersão; ficou tudo muito bem distribuído entre os auto-falantes.

Jogabilidade

Multiplayer e Versus

Neste ponto, não há muito o que se falar. Apesar da inclusão de novas unidades de classes, HotS segue a mesma receita do SC 2 em termos de jogabilidade e se você estava preocupado com o balanceamento de classes, pode ficar tranquilo porque qualquer classe fica absurda se você souber jogar com ela.

Campanha


Em relação ao modo campanha, o jogo traz algumas mudanças bem bacanas se comparado ao SC 2. A Blizzard trouxe ao HotS o conceito dos heróis utilizado no WarCraft III e além de o jogador controlar as unidades Zergs, como já é feito tradicionalmente no SC 2, ele também controla a protagonista Sarah Kerrigan e isso é feito desde a primeira missão! A medida em que o jogador vai matando unidades inimigas e passando de missões, a heroína evolui, ganhando mais HP e MP, e novas skills vão sendo liberadas no "poço de evolução". É possível liberar todas as skills de Sarah, mas apenas duas podem ser ativadas para serem utilizadas em batalha, ou seja, "Choose Wisely" (escolha sabiamente, ou melhor, com sabedoria).

Tela de evolução da protagonista Sarah Kerrigan
O clássico tutorial, que apresenta o jogo ao usuário e o leva a executar diversas ações padrão, também está presente no HotS e ele é bem mais divertido que o do SC 2 porque é imerso em um contexto: faz parte de um dos testes que os terranos fazem com a Sarah. Resumindo, mesmo quem nunca jogou com a classe Zerg ou, até mesmo, nunca jogou SC 2 é capaz de entender a dinâmica da classe e do jogo, respectivamente.

Tela de escolha da mutação desejada
Outra novidade interessante diz respeito ao "Poço de Evolução". No SC 2, quando se escolhia uma das duas habilidades disponíveis em um nível de evolução de determinada unidade, perdia-se a outra habilidade, não sendo mais possível selecioná-la. Apesar de, em alguns pontos, o usuário ainda precisar escolher se quer evoluir a unidade de uma forma ou de outra, perdendo uma das duas habilidades, no HotS essa dinâmica foi um pouquinho alterada e algumas habilidades podem ser ativadas pelo jogador dependendo da próxima missão. Por exemplo, se a missão for de sobreviver a ondas de ataques, o jogador pode escolher ativar uma habilidade dos zergnídeos que aumenta a resistência deles ao invés de utilizar a habilidade que aumenta a velocidade de ataque.

Níveis de dificuldade


O jogo continua trazendo os já conhecidos quatro níveis de dificuldade: casual, normal, difícil e brutal. Diversas missões já são razoavelmente difíceis no modo normal, para quem está começando ou joga pouco, mas há aqueles jogadores hardcore que adoram um desafio bem maior e para eles eu indico o modo brutal. No modo difícil, os usuários que já jogam StarCraft 2 há algum tempo terão um pouco de dificuldade em diversas missões, mas não é nada tão absurdo assim. Tentei jogar no modo brutal algumas missões que eu já tinha completado no normal e digo que a vergonha foi grande. Não tive a menor chance contra o computador, sério, pareceu que eu estava jogando o modo INFERNO do Diablo 3 assim que o jogo foi lançado (para quem não se lembra, o modo inferno do D3 era simplesmente impossível e foi amenizado com alguns patchs lançados pela Blizzard).

Veredicto (5/5)


Na nossa opinião, o jogo ganhou nota máxima mesmo com a baixa qualidade dos vídeos cinemáticos apresentados entre as missões e algumas falas meio forçadas, ocasionadas pela tradução para o nosso idioma. São coisas que precisam ser melhoradas, mas não é nada que tire a majestade do HotS. Em termos de diversão, o jogo segue a mesma receita de sucesso do SC 2 StarCraft 2: Heart of the Swarm é, sem dúvida, o melhor jogo de estratégia presente no mercado atualmente.

Diversas screenshots e informações sobre o jogo não foram incluídas neste review e isso foi feito de forma proposital, pois a nossa intenção é não estragar as surpresas do jogo.

E então, o que achou do nosso review? Ficou com vontade de comprar o jogo?
Deixe seu comentário! ;-)