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Microsoft Surface: Ipad Killer de um lado, OEM Killer do outro


Há poucos dias, a Microsoft divulgou seu mais novo produto; uma fusão bem louca entre Tablet e Ultrabook. Seria esse um Tablook? Um Ultrablet (lol)? A empresa decidiu chamá-lo de Microsoft Surface. No entanto, da mesma forma que o produto agradou a muitos usuários ele também decepcionou absurdamente as fabricantes de dispositivos.

O conceito é bastante bacana (cof, cof; copiado, porém aprimorado), onde você possui uma tela de 10 polegadas widescreen (aspecto 16:9), mais esticada que as telas comuns de tablets, uma caneta e um teclado destacáveis/acopláveis a tal tela. Ao contrário dos produtos existentes no mercado, este “destacável” se dá através de conectores imantados (cof,cof; energia dos notebooks Apple) e o usuário possuirá uma certa flexibilidade para utilizar tanto como um ultrabook quanto como um tablet.

As especificações de hardware são boas, contando com um processador Intel i5 (Surface Pro) ou Nvidia Tegra ARM (Surface), 32, 64 ou 128GB de armazenamento SSD, dependendo do modelo. Até que enfim a Microsoft finalmente pensou e criou um produto (hardware + software).


Porém, as empresas detentoras de contrato de distribuição de Windows nas vias OEM, ou seja, pré-instalados de fábrica, ficaram ressentidas com a Microsoft, pois a empresa lançou o produto sem prévia notificação. As únicas empresas notificadas neste processo foram a Asus e a Acer, mas apenas receberam uma ligação para comparecerem ao evento.

Quando surgiram os primeiros notebooks e computadores com o selo “Designed for Windows Vista” ou “Windows Vista Capable”, a Microsoft encheu o saco das fabricantes um ano antes dos primeiros notebooks virem a tona. Até mesmo a MS pecou quando baixou os pre-requisitos do Windows Vista fazendo com que notebooks mais baratos fossem entregues no mercado e o filme do Vista e das montadoras ficassem queimados. A única que cumpriu a risca entregando notebooks “High-end” foi a HP, e acabou perdendo boa fatia do mercado.

Por outro lado esta é a faca de dois gumes chamada “contratos OEM”. A culpa não é da gigante de Redmond, que criou esta possibilidade mas sim, das fabricantes, que alimentaram este tipo de contrato enquanto era cômodo e enquanto o mercado estava ganhando. A MS é dona do sistema operacional e agora dita novas regras. Obviamente que a mania de coitadismo fica sempre a encargo de quem perde.

A Microsoft rebate, dizendo que falta inovação nas empresas que fazem a venda de Windows pré-instalado, e que devido a este motivo e a confiabilidade passada pela Microsoft para os usuários de seus outros produtos(Zune, Xbox, periféricos) eles resolveram então criar o Surface. Outro motivo aparente é o “crapware” que vem embutido nos Windows pré-instalados, com gerenciadores de rede e som alternativos, barras do tipo dock similar ao Mac OS que servem apenas para deixar o sistema mais pesado e confundir alguns usuários.

Uma série de passos vem sendo dados para tornar o ambiente dos PC's mais fechado. SecureBoot, onde máquinas que vem com Windows não poderão ter o SO removido, produtos sem participação de montadoras, remover acessos ao Chrome e Firefox no Windows 8 para fortalecer o IE. Minha próxima aposta? Fechar o sistema para aceitar softwares apenas pela “Microsoft Store”, quebrando softwares de download de conteúdo(Steam, Origin, Netflix...). Ponto para a Steam, que está investindo no Linux.