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Nerd no Cinema.: World War Z (Guerra Mundial Z)


Depois de vários rumores envolvendo o ator Brad Pitt e uma adaptação do livro World War Z (Guerra Mundial Z) - publicado em 2006 - para os cinemas, finalmente o filme chegará às telonas e sua estreia no Brasil está marcada para amanhã, dia 28/06! Apesar de ele só estrear no dia 28/06, nós tivemos a oportunidade de participar da sessão de cabine de imprensa do filme e, agora, trazemos para vocês a nossa crítica sobre ele!

Antes de começarmos a crítica, gostaríamos de agradecer aos amigos Fabio M. Rocha e Leonardo Miotti que nos convidaram para participar da sessão de cabine de imprensa do filme.
OBS: este post não contém spoilers de cenas ou acontecimentos, mas conta o enredo do filme (algo que pode ser lido, inclusive, em sua sinopse). Além disso, nele estão contidas apenas as nossas considerações sobre diversos aspectos do filme, portanto podem lê-lo até o final sem medo! ;-)


Como já é de praxe, seguirei o mesmo padrão de pontuação utilizado nos nossos artigos da tag "Nerd no Cinema", ou seja, a nota final do filme será dada em uma escala de 0 (péssimo) a 5 (excelente). Dividirei a nota em 5 categorias: História, Trilha Sonora, Fotografia, Enredo e Maquiagem e efeitos especiais.

História (0,5/1)

Gerry Lane (Brad Pitt) é um emissário/investigador da ONU que sobreviveu há diversas guerras e prestou diversos serviços ao governo dos EUA, por isso possui um certo prestígio dentro da organização. Com um vírus desconhecido, parecido com a raiva canina, se espalhando rapidamente pelo mundo inteiro, Gerry é chamado por Thierry Umutoni (Fana Mokoena), sub-secretário da ONU, e  inicia uma corrida contra o tempo para salvar a si mesmo, sua esposa Karin Lane (Mireille Enos) e suas filhas, e encontrar uma cura para esse vírus letal. No meio da investigação, Gerry é escoltado por uma equipe de militares coordenada por Segen (Daniella Kertesz), a qual acaba se tornando sua companheira de jornada.

Com relação à história de World War Z, temos aquela clássica receita de bolo de histórias sobre zumbis: um vírus desconhecido se alastra pelo mundo, de forma assustadora, e um grupo de pessoas procura sobreviver para tentar encontrar uma resposta à essa ameaça viral. Isso não chega a ser um problema, visto que acredito não ser possível fugir muito disso, mas é preciso colocar alguns elementos de originalidade para que o filme não fique batido e massante de ser assistido. Apesar de World War Z apresentar alguns elementos novos para o mundo dos filmes com temática zumbi, ele é um filme bem previsível e isso tira um pouco de sua, digamos, magia.

Trilha Sonora (1/1)

Peço perdão pela palavra, mas não tenho como definir a trilha sonora do filme de outra forma: ela é FODA! Extremamente original, ela consegue traduzir bem os climas de tensão, fracasso e sucesso do protagonista principal (Gerry) e as pessoas com as quais ele se relaciona ao longo do filme. As músicas são totalmente instrumentais e, apesar de agregarem bastante ao filme, não fazem o espectador desviar sua atenção do filme em si para prestar atenção na trilha sonora, algo que é relativamente comum de acontecer.

Resumindo, ela não é uma trilhar sonora do tipo daquelas que você compra na loja e vai escutar em casa, mas é imprescindível para o desenvolvimento do filme e a imersão do espectador nele.

Fotografia (1/1)

Em se tratando da fotografia de World War Z, devo dizer que ela reflete bem o clima tenso, sombrio e caótico do filme. Com tons bens escuros onde deve ser escuro, tons bens claros em hospitais, laboratórios etc, e cores quentes sobre tons pasteis em situações de explosões e interações de cenário (destruição de paredes, casas etc), o filme segue a receita bem sucedida de filmes de terror e suspense. Ficou tudo muito bem equilibrado: nada de terror ou suspense ao extremo (excessivos). Além disso, as paisagens e visões panorâmicas dos cenários fazem o espectador compreender melhor às cenas e como as coisas estão acontecendo no filme.

Enredo (1/1)

O filme começa tenso e com muita ação, e essa mesma tensão se prolonga durante quase todo o filme. Por diversas vezes, o telespectador é pego de surpresa e toma sustos reais, principalmente se o filme for assistido em 3D. World War Z alterna bem entre cenas de calmaria, suspense e ação. O filme nunca fica parado demais e também não apresenta cenas exaustivas de ação; ficou tudo muito bem montado.
Já na parte inicial do filme, o espectador percebe que World War Z introduz uma nova classe de zumbi, a qual possui elementos dos zumbis de The Walking Dead (sem capacidade cognitiva) e dos infectados de Eu Sou Lenda ("zumbis" ágeis). Em World War Z, os infectados não se alimentam, ou seja, não praticam o canibalismo como acontece em The Walking Dead; a intenção deles está mais voltada para a "perpetuação da espécie", ou seja, passar o vírus adiante.

Os acontecimentos vão se desenrolando de forma bem natural e nenhum problema apresentado pelos personagens fica sem solução, ou seja, as "pontas não ficam soltas". O espectador mais observador perceberá que algumas pequenas coisas não são muito bem explicadas, mas elas não tem tanta importância para o filme como um todo e passarão despercebidas pela maioria. Diferentemente da maioria dos filmes, onde toda trama se resolve apenas no final, em World War Z ela começa a se "resolver" (coloquei entre aspas porque, na verdade, nada se resolve de fato) já no meio dele e o seu final é apenas uma conclusão de tudo aquilo o que os personagens fizeram ao longo filme. No final das contas, todo o enredo do filme gira em torno de arrumar uma solução para o problema central, que é conter a infecção.

Como já era de se esperar, visto que World War Z será uma trilogia, o final deste primeiro filme faz um gancho para o próximo título e mostra que a Guerra Mundial Z está longe de ter um fim.

Maquiagem e efeitos especiais (0,5/1)

As maquiagens dos zumbis são muito bem feitas, ok, e os efeitos especiais também (incluindo sonoplastia), mas para um filme de zumbi eu acredito que deveria ter bem mais sangue, ou melhor, deveria TER sangue (talvez seja por isso que a classificação do filme é 13 anos). Em termos de maquiagem, o filme peca muito por praticamente não precisar fazer aquelas maquiagens de membros mutilados, rasgados etc. Resumindo, se você está pensando que irá ao cinema e verá algo no estilo The Walking Dead, pode esquecer! Nesse caso, é melhor diminuir as suas expectativas para não se decepcionar.

OBS: em alguns momentos, a platéia riu com os efeitos sonoros emitidos por zumbis. Se essa era a intenção, eles conseguiram o que queriam, senão eles pisaram na bola.


Nota Final (veredicto): 4/5

Apesar da atuação de Mireille Enos, no papel de Karin Lane (esposa de Gerry Lane), ter sido bem fraca, acredito que vale pena ir ao cinema! Se puder ser em 3D, então, melhor ainda!

Espero que tenham gostado da análise. ;-)
Se acharem que alguma das informações colocadas aqui nesta publicação pode ser considerada como spoiler, por favor, entrem em contato conosco!