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Tutorial.: Clonando o HDD para um SSD M.2 instalados no mesmo notebook


Se você está pensando em instalar um SSD M.2 no seu notebook, mas já bate aquele desespero (e preguiça monstra) só de pensar em ter que reinstalar o sistema operacional e todos os inúmeros programas e jogos que você mais usa, pode ficar tranquilo: neste tutorial, explicarei como clonar o conteúdo integral do HDD para o SSD e, após o processo de clonagem, você não precisará reinstalar um programa sequer!

A primeira coisa que pensei quando comprei meu notebook gamer (Dell Inspiron 15 7000 Gaming) foi: preciso comprar um SSD urgentemente. É fato inegável que os SSDs fazem toda a diferença em uma máquina quando se trata de agilidade na execução daqueles aplicativos mais utilizados e na inicialização do sistema operacional. No caso dos notebooks, então, essa diferença de desempenho fica ainda mais evidente devido aos HDDs mais lentos (de 5400 RPM por padrão) e ao hardware menos potente (exceto no caso de notebooks voltados para gamers).

Para este tutorial, utilizei a versão gratuita do programa MACRIUM REFLECT a qual já conta com todos os recursos necessários para a realização de backup e clonagem de discos. Portanto, você precisará fazer o download do referido programa e instalá-lo em sua máquina para poder prosseguir com o tutorial (a instalação deve ser feita no HDD mesmo).

Antes de qualquer coisa, instale o SSD M.2 no seu notebook e faça um backup de todos os arquivos pessoais. Você pode utilizar um programa que faça isso de forma automatizada, como o próprio Macrium Reflect ou o EaseUS Todo Backup Free, ou pode fazer manualmente mesmo (salvando seus arquivos diretamente em um HDD externo, por exemplo, por meio do Explorador de Arquivos do Windows - Windows Explorer).
O backup é necessário para que nenhum dado importante seja perdido durante o processo e para que as partições de sistema que serão clonadas fiquem com os menores tamanhos possíveis (visto que, geralmente, o SSD possui menos espaço que o HDD que será clonado).

OBS: Não nos responsabilizamos por quaisquer perdas de dados que porventura venham a acontecer devido a realização dos procedimentos descritos a seguir. O usuário entende que há a possibilidade, por menor que seja, de algo dar errado e concorda que seguirá este tutorial por sua conta e risco.

Feitos o backup e as ressalvas acima, vamos ao tutorial propriamente dito.
OBS 2: Não esqueça de clicar nas imagens caso queira ampliá-las.

1º Passo.: Criar uma imagem e uma unidade de recuperação do Windows 10

Podemos dizer que este primeiro passo é uma continuação do procedimento de backup. Criar uma imagem de sistema nada mais é que "espelhar" os dados do sistema em uma mídia para que possam ser restaurados depois. Essas imagens, geralmente, são utilizadas como formas de backups a serem restaurados após a formatação de discos ou redefinição das configurações de fábrica (esse último, no caso de notebooks).
Já o disco de recuperação é algo auto-explicativo: serve para recuperar o sistema caso algo dê errado.

1.1.: Criando a imagem do sistema

O procedimento de criação da imagem é muito simples e pode ser feito dentro do próprio Windows 10. Para isso, procure por "Histórico de Arquivos" (sem aspas) no campo de busca do menu Iniciar do Windows e selecione a opção que aparecer (o Histórico de Arquivos também pode ser encontrado no Painel de Controle, dentro do item "Sistema e Segurança"). Já dentro do Histórico de Arquivos, procure pelo link "Backup da Imagem do Sistema" que deve aparecer no canto inferior esquerda da tela; clique no link.


Na tela que se abrirá, clique no link "Criar uma imagem do sistema" localizado no menu lateral esquerdo. Em seguida, uma tela com três menus de seleção se abrirá para que você escolha qual tipo de mídia deseja utilizar para a gravação da imagem; selecione a que desejar e clique em "Avançar".



Depois de selecionado o local de gravação da imagem, é a vez de marcar quais partições serão incluídas na imagem. Note que algumas partições serão marcadas automaticamente e não poderão ser excluídas do processo de backup (caixa de marcação cinza); selecione as unidades desejadas e clique em "Avançar". Na tela de confirmação, verifique se todas as unidades desejadas foram realmente selecionadas e clique em "Iniciar backup".

OBS: Logo abaixo da caixa de seleção das unidades, o Windows faz uma estimativa do espaço necessário para a realização da imagem. Essa mesma estimativa também aparecerá na tela final de confirmação.




1.2.: Criando uma unidade de recuperação do Windows 10

Depois de criar a imagem do sistema, vamos criar uma unidade de recuperação do Windows 10 e utilizaremos o programa Macrium Reflect para isso. Assumindo que você já instalou o programa na sua máquina (e possui um pendrive de, pelo menos, 16 GB de armazenamento), execute-o.
Na tela de abertura do programa, verifique se o SSD aparece na lista de unidades de armazenamento disponíveis em seu notebook. Se sim, conecte o pendrive ao computador, vá à barra de menu e selecione "Other Tasks -> Create Rescue Media"



Na tela que se abrirá, selecione o pendrive a ser transformado em uma unidade bootável, marque as duas caixas de seleção indicadas na imagem abaixo e pressione o botão "Build". Assim que o processo de criação do disco de recuperação for concluído, uma mensagem de confirmação aparecerá na tela. Clique em "Ok" para fechar a janela.




2º Passo.: Clonando as partições do HDD para o SDD

Agora, que já finalizamos o processo de backup e criação de mídias de recuperação, chegou a hora de realizar o procedimento de clonagem do HDD. Para isso, clique no link "Clone this disk", localizado logo abaixo das partições do HDD, e selecione o SSD clicando no link "Select a disk to clone to..." na nova tela que se abrirá. Depois de selecionar o SSD de destino, arraste as partições do HDD, uma a uma, da menor para a maior. Você perceberá que a partição que contém o Windows 10 (OS) será redimensionada para se adequar à realidade do SSD (caso ele tenha menor capacidade de armazenamento que o HDD, é claro)

OBS: É MUITO IMPORTANTE que o tamanho do conjunto das partições a serem clonadas NÃO ULTRAPASSE o tamanho total do SSD. Caso contrário, informações serão perdidas e o processo de clonagem pode dar MUITO errado.

OBS 2: Recomendo deixar cerca de 20 - 25% de espaço livre no SSD após o posicionamento das partições a serem clonadas. Sempre evite a ocupação total de um disco, pois pode haver uma queda de desempenho.



Depois de arrastar as partições do HDD para o SSD, verifique se está tudo ok; caso esteja, pressione o botão "Finish" no canto inferior direito (vide imagem acima). O processo de clonagem se iniciará e uma mensagem de confirmação aparecerá ao final de cada partição clonada. Caso o procedimento tenha sido concluído com sucesso, a mensagem "Clone completed successfully" surgirá no log do programa. Caso o processo tenha sido finalizado com sucesso, clique no botão "Close".




3º Passo.: Verificando o SSD como unidade bootável do Windows 10

Neste momento, o seu SSD já deve aparecer na tela do programa com todas as partições gravadas. Portanto, chegou a hora de verificar se tudo correu conforme deveria e se o SSD está pronto para assumir o lugar do HDD. Para tal, abra o Windows Explorer e verifique se uma nova unidade "OS" apareceu na lista de dispositivos e unidades disponíveis (menu "Este Computador"). Em caso afirmativo, você perceberá que ela ainda não é a sua unidade de inicialização principal (não é o seu "drive C") e precisamos mudar isso.




3.1.: Transformando o SSD no seu dispositivo de inicialização principal

Nosso trabalho dentro do Windows 10 já acabou, agora faremos algumas configurações no BIOS (no masculino, mesmo) da máquina. Para acessar o BIOS, reinicie o sistema, pressione a tecla F12 algumas vezes assim que o logotipo da fabricante aparecer  (no meu caso, da DELL) e selecione a opção "BIOS SETUP" (sob o menu OTHER OPTIONS).

OBS: Notem que o SSD já aparece na lista de boot do UEFI.

OBS 2: Em alguns notebooks, pode ser que o menu de seleção seja ativado pela tecla F11 ou DEL, portanto verifique a informação no manual do usuário da sua máquina.


Após o carregamento do BIOS, uma tela com menu lateral se abrirá; selecione a opção Settings -> General -> Boot Sequence. No lado direito da tela, sob o menu Boot Sequence, estarão listadas as unidades bootáveis disponíveis no sistema. Identifique o SSD; clique na setinha localizada na lateral direita da caixa (para alterar a ordem de boot); e desmarque a caixa de seleção do "Windows Boot Manager".




3.2.: Checando se o SSD é o dispositivo de inicialização principal

Agora, é preciso se certificar de que o Windows 10 está realmente sendo carregado do SSD (ao invés do HDD). Para isso, mais uma vez no menu esquerdo, selecione a opção Settings -> System Configuration ->  Drives. No lado direito da tela, sob o menu Drives, identifique qual dos drives SATA corresponde ao HDD da máquina (se não souber, desabilite todos eles) e desmarque a sua caixa de seleção. Em seguida, clique no botão Apply; marque a caixa de seleção "Save as Custom User Settings" na pop-up que se abrirá; clique no botão OK; e saia do BIOS clicando no botão Exit.



Se o processo, como um todo, foi concluído com sucesso, o SSD será a unidade principal bootável do notebook e ela deve iniciar o Windows 10 sem problemas (inclusive, com a mesma senha de login configurada em seu primeiro uso, se existia uma senha é claro). Iniciado o sistema, abra o Windows Explorer e verifique se a unidade "OS" corresponde, de fato, ao seu SSD (verifique o tamanho total da unidade). Se sim, basta reiniciar o computador, entrar no BIOS e habilitar os dispositivos SATA novamente (em Settings -> System Configuration ->  Drives).




Pronto! Seu HDD foi clonado para o SSD e esse já está configurado para ser sua unidade bootável principal.
Antes de formatar o HDD, recomendo deixar o notebook rodando o sistema pelo SSD durante uma semana, mais ou menos, por precaução. Aproveite para verificar se as unidades de recuperação clonadas também estão funcionando perfeitamente. Caso não perceba qualquer anomalia ou erro, pode formatar o HDD e transformá-lo em sua unidade de armazenamento.
Lembre-se de só instalar no SSD os programas que você realmente quer que rodem com maior agilidade, pois SSDs têm vida útil baseada na quantidade de escritas realizadas (resumindo, não é muito bom ficar instalando e desinstalando programas ou copiando e apagando arquivos repetidas vezes).


Espero que tenha gostado do tutorial e que ele tenha te ajudado! Não esqueça de deixar um comentário dizendo se ele funcionou ou não para você.
Ah, também não esqueça de compartilhar!